quarta-feira, 14 de março de 2012


PR do Senado resolve ir para a oposição

Em mais um capítulo da crise de Dilma com sua base e com o Congresso, partido de Alfredo Nascimento e Blairo Maggi resolve romper com o governo
Depois de sair de uma reunião no Palácio do Planalto, Blairo Maggi resolveu anunciar o rompimento com o governo
O Partido da República (PR) rompeu definitivamente com o governo Dilma Rousseff. A decisão foi resultado de reunião realizada na manhã desta quarta-feira (14) no núcleo de articulação política do Palácio do Planalto, com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em que ela tentou convencer o líder do PR no Senado, Blairo Maggi (MT), a assumir o Ministério dos Transportes. Ex-titular da pasta e membro do partido, o senador Alfredo Nascimento (AM) deu lugar, em julho do ano passado, ao então secretário-executivo Paulo Sérgio Passos, também filiado ao partido.
O técnico goza da simpatia de Dilma, mas, como o partido diz não se sentir representado por ele no ministério, a saída seria nomear Blairo, como queria Dilma. Este, por sua vez, não aceitou a oferta da presidenta, e a negociação endureceu ao telefone com Ideli, depois da reunião, em mais uma tentativa palaciana de convencer Blairo a assumir a pasta.
Blairo Maggi disse que a questão chegou a uma situação de “porteira fechada” – o senador se queixou de que “há nove meses”, desde a saída de Nascimento do ministério, o impasse permanece, sem garantias para o PR. O rompimento, diz Blairo, é irreversível, ainda mais que o partido já havia anunciado apoio “independente” ao governo depois da queda de Nascimento, sob acusações de corrupção.
O senador disse que, depois de a ministra Ideli insistir na orientação de Dilma pela segunda vez – ou Blairo assume a pasta dos Transportes, ou o PR perde a vaga –, a diálogo chegou ao termo final.  “Ela [Ideli] disse que o ministério não vai para o PR. Como não vai para o PR e nós somos o PR, então não temos mais o que conversar”, disse o senador, resumindo a postura da ministra ao ver a recusa de Blairo reiterada. “Ela não falou nada.”
Fonte: Congresso em Foco

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