domingo, 6 de maio de 2012

Associações condenam violência contra jornalistas e cobram medidas



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FOLHA DE SÃO PAULO
Em nota divulgada neste sábado (5), a ANJ (Associação Nacional de Jornais) e outras cinco associações de imprensa da América do Sul condenam a violência contra jornalistas e cobram dos governos medidas policiais e judiciais de combate à impunidade.
"A luta contra a impunidade é inadiável", diz o texto da nota. Só no México, foram assassinados 77 jornalistas desde o ano 2000 --todos vítimas de grupos vinculados ao narcotráfico.
Em toda a América Latina, a intolerância custou a vida de 29 repórteres em 2011. No Brasil, só em 2012 foram mortos quatro jornalistas.
Na nota, as associações pedem garantia de "segurança daqueles que exercem o ofício jornalístico e são ameaçados por um flagelo que se estende por todo o continente", reforço de ações "policial e judicial para deter e condenar os autores dessas ameaças, atentados, torturas e mortes" e o término da "cultura de intolerância em relação à imprensa que acaba por incentivar as agressões contra meios de comunicação".
"A liberdade de expressão e o direito do cidadão à informação, pressupostos ineludíveis do sistema democrático, são gravemente afetados quando se amedronta, hostiliza ou ataca a imprensa e quem nela trabalha", afirmam. O texto é assinado por associações de jornais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
No último dia 3, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, as seis associações divulgaram um alerta sobre a violência contra jornalistas, a Declaração de Santiago. O texto destaca que os jornalistas assassinados na região somam "um terço do total mundial".
COMITÊ
O governo brasileiro decidiu criar um comitê de acompanhamento dos casos de violência contra jornalistas.
Chamado de "observatório", o comitê será coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência e terá a participação de entidades.
O objetivo é centralizar as informações e levantar estatísticas sobre os casos de violência

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