quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Violência contra Serra 45 no Rio pode ter sido desencadeada por ataque raivoso de Lula na TV.

O episódio da agressão sofrida pelo candidato tucano José Serra ao participar de uma caminhada ontem (20/10), no Rio, está sendo tratada com indiferença por petistas e profissionais de comunicação contratados pela candidata governista Dilma Rouself. O fato de ter ou não sido grave a contusão sofrida pelo candidato oposicionista não diminui a magnitude do acontecimento. O que deve ser anotado neste quesito é o ato praticado contra a democracia e a liberdade política no processo eleitoral. Ao atingir um candidato que se opõe ao governo, o militante do partido governista extrapola os limites da civilidade que se exige para a convivência pacífica entre os que discordam e que buscam no debate político a afirmação de seus propósitos e propostas em discussão.
As mais recentes aparições no horário eleitoral da figura política do presidente Lula e o seu tom raivoso e intimidador pode ter incentivado esta e quem sabe desencadear outras manifestações também raivosas e desmedidas por parte da sua militância "apaixonada" que entende nas palavras do chefe uma espécie de ordem para "aniquilar os opositores". Fato ainda mais grave é a tentativa de seus subordinados de ridicularizar o agredido, atribuindo a este a interpretação exagerada do ocorrido como se fosse puro fingimento.

O comportamento de multidões e o seu descontrole sempre teve início em fatos e ações despretenciosamente isoladas. A história tem anotado em suas páginas mais sangrentas estes episódios lamentáveis para determinados povos e, até mesmo, para a humanidade. Não se brinca com o prestígio que se conquistou num cargo público tão importante quanto o da presidência da república, de uma jovem democracia, quanto mais quando este é conquistado com uma receita de poder e populismo misturados e temperados com os mais tradicionais ingredientes do assistencialismo.

"Vamos devagar que o andor é de barro" diz um dito popular. Os ânimos estão acirrados, a disputa está apimentada mas a civilidade deve ser um parâmetro respeitado por todos. Afinal, somos e queremos ser um País onde a diversidade de opiniões, raças, credos e opções políticas sirva de exemplo para o mundo e que esta eleição seja mais uma demonstração de maturidade da nossa tão sonhada e sofrida conquista democrática.

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